CHUVAS DE OUTONO

Serração serrando a serra,

Do morro envolto em manto,

Cortinas vindas do alto,

Parte turva, parte em branco,

Serração serrando a serra,

À visão um belo encanto.

O vento não mais assovia,

A mata chora seu pranto,

A natureza fria enrijece,

No pico o branco manto,

Visível p’ra quem espreita,

Aos olhos soa como acalanto.

Buscam as aves um recanto,

Para o pernoite forçado,

Um brilho Tênue aparece,

Mas o turvo não é cortado,

Os raios não chegam a terra,

O sol vai ficando acobertado.

Chuva na serra, na mata serração,

Murcha quem vive de agito...

Essa chuva quando vem,

Deixa o povo e o Rio zen.

Rio, 02 de abril de 2007

Feitosa dos Santos