O vento...
Filarmônica desentoada! Bradando uivos entoa cólera ,solfejando oceano.Revolvendo marés no vai e vêm desenganos. Latejam a sete pés descompassados a areia dança a passos embaidos ,d esfazendo rastos no passar rajada. Como uivar de lobos encapelando oceano. Vazando horizontes lamúrias gemendo desapontamentos alucinados.
Insanamente chora o mar, avivando a atmosfera em marolas.. Remexem insurrecionadas as dores vertendo. Arfa –me o peito vislumbrar ao longe a vela panda em branca espuma ,f lana alçando vôo. No auge do desespero tinjo encarnada vela, avança a jangada a todo pano...
Arqueado mastro navegando avalanches, eis que a bonança se faz abrandando as ondas. Emudece o mar consternado, ao valsar as orlas ritmadas. Calmaria...Ressurgem as musas! Clarividência na aura expandida, envolta em brumas eivando sorriso imerso nas ondas, atrelado aos doidos...Vagueiam densidões argutas incontroláveis.
Reflexos intensos nas visagens poéticas, clara nudez envolta de espumas, adornada de letras. Deslizando a tona aquosa beijando areia. Sublinhando o tempo sonhando saudades imutáveis no zéfiro ateado, nos revisados escritos voejo cônscio.Temporais atemporais enigmas, permeados em estado impulsivo...
Deth Haak
‘ A Poetisa dos Ventos’
0711//2005