Agir e acreditar
Num barco navegando
me sinto só e sem prumo
as ondas batem e balançam
sem equilibrio, me sustento
pra que não caia no mar
E ele vai navegando
sem rumo, vai com o vento
Mas olhando para os remos
decido e pego um deles
então começo a remar
faço uma força esmerada
rodopio, rodopio e
não saio do lugar.
Penso triste na minha vida
no que deixei para trás
Mas ao ver o horizonte
o pôr do sol deslumbrante
me vejo diante de linda luz.
Pego rápido os dois remos
e remando com força dupla
o barco segue em frente
seguro, apesar de toscado,
pra em terra firme eu chegar.
Depois guardo-os com desvelo
percebendo que em cada ponta
tem palavras quase ocultas...
Esfrego com a mãos doídas
e aguço a minha visão.
Num remo estava escrito: Agir
E no outro: acreditar
Acho... que aprendi a lição!