Laço...

Giro meu laço, embevecido de fragrância de jasmim, lanço para o alto, rodopia, rodopia, depois de envolvido, seguro firme, junto a mim.

Embriagado com vinho tinto encorpado.

Na adega guardado, envelhecido de longa data, reservado para comemorar a vida.

Invadindo seus sonhos, sem pedir permissão, entro e me instalo no seu coração, segura minha mão, tem um mundo colorido e perfumado quero que conheça, antes que eu esqueça...

Só tem um, porém:

-Vai ter que voltar a ser criança, subir em árvores apanhar frutos, andar de roda gigante, e ficar de cabeça para baixo por alguns segundos, e vendo o mundo literalmente maluco em sua volta, do teu riso, quero extrair partículas de alegria e distribuir o todo ser vivente.

Se isso não for o bastante, apostamos uma corrida, quem perder vai ter que se submeter às doses diárias de amor voluntário, sem ganhar salário, e não tem desculpa.

Seja um pouco tolo (a), isso faz bem e não faz mal a ninguém, nada de radicalismo coisas da idade, de gente muito séria, sem gosto e sem sabor, quanto mais simplificado, melhor, depois que tomar gosto, esquece o resto, vem pra cá você também!

Lace você também alguém, eu já lacei o meu...

Escrito em: 30.07.2005

Por Águida Hettwer