NIILISMO?!...

NIILISMO?!...

Há sentimentos arquivados no meu peito,

desejos desirmanados e sem jeito...

Há ilusões perdidas,

decepções e feridas...

E ainda emoções dolorosas, contrafeitas,

sensações ardorosas já desfeitas...

Há ocultas dores

e incultas flores...

Estranho não sentir no peito o meu coração.

Tal ausência respeito. Fico em oração...

Mas estou fria.

Sinto-me vazia...

O meu próprio ser parece não estar comigo.

Começo a ver que nada tenho, nem abrigo!

Estou tão sozinha...

O meu eu...definha!

O que farei com as minhas sensações,

como me livrarei de tantas emoções?

Como alterarei as minhas convicções,

como aceitarei as inevitáveis rejeições?

Sem Amor,

sem beijos,

sem desejos,

instala-se o torpor...

ou a crença impoluta...

A vida torna-se Nada.

A ilusão terá a cor do Nada

o sonho passa a ser Nada,

será a redução ao Nada...

ou a descrença absoluta!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 14/01/2006
Código do texto: T98835