NESTE TÃO CÁLIDO POENTE DE VERÃO...

NESTE TÃO CÁLIDO POENTE DE VERÃO...

Neste tão cálido poente de Verão

uma insólita aragem

agita a densa folhagem

das árvores que me rodeiam...

São árvores frondosas

que me cercam, majestosas,

neste tão cálido poente de Verão!

Estou só, vejo-me só

e, pior ainda, sinto-me só...

É uma solidão de presenças

que me traz sensações imensas.

Lembranças duras, dolorosas

e outras suaves, de belas rosas...

Recordações inesquecíveis

de emoções imperecíveis...

Do amor sem freio, florescendo,

da paixão louca se fortalecendo,

de sentimentos profundos, ternos,

de instantes inefáveis... eternos!

Dum amor em perene Primavera...

Foi assim que foi. Era assim que era!

Essa Primavera só deu lugar ao Verão.

E foi um Verão abrasador, escaldante,

uma paixão profunda e palpitante,

que sempre viveu um real e pleno Verão!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 14/01/2006
Código do texto: T98525