TAÇA DE ABSINTO

Percebo uma marca eterna em teu olhar

Horizontes e sonhos perdidos na inconseqüência de amar

Há sombras, distâncias soturnas, lembranças, luzes noturnas

Os sons dos segredos da noite moram em teus ouvidos

Correm verões e primaveras perdidos

Chuvas e tornados atravessam teus pensamentos

Percebo uma marca eterna em teu olhar

Teu corpo quieto na poltrona

Teus olhos rondando esquinas e bares,

Estradas na terra e nas nuvens

Teus dedos doloridos, longos e finos,

Regem a sinfonia da ilusão

Numa taça de absinto