O HOMEM É O SÁBIO DO HOMEM
Aos poucos ele foi se conhecendo,
Não entendeu o porquê dessa demora,
Nasce, cresce e vive o homem, com
Seus sonhos de fracasso ou de glória.
Numa busca sem limites, desenfreada.
Quando alcança e a hora é chegada,
Não vislumbra e não vive a história...
Sucumbe aos seus anseios derradeiros,
A paz para o seu corpo, frágil e cansado,
Os sonhos dantes esculpidos ou traçados,
Foram nas asas de um tempo que passou.
Hoje como companheira inseparável,
Restou-lhe a desilusão, presença estável
Das minguadas horas, que lhe vem a luz,
E na busca por esses melhores dias,
Pobre homem, quimeras ou fantasias,
Deste que o impiedoso tempo o roubou
E pasmem, homem em criança se tornou.
Que pensem, medíocres seres do amanhã.
Leva este, consigo a maior sabedoria,
O silêncio de quem muito ainda tinha
A falar aos medianos, na hora da agonia.
Rio, 21/04/2008
Feitosa dos Santos