Terpsícore
ela, naturalmente
em sua infinita simplicidade
na tentativa frustrada de passar despercebida
como esconder tamanha beleza?
como disfarçar a incessante luz
que dela toda irradia?
quanto mar em cada um daqueles olhos
tanta promessa ali guardada
tesouro magnífico esperando o predestinado
pode o tempo apaziguar o que deveria ter sido?
deve o futuro consertar os erros do caos?
ah, coração, cala-te!
antes que a tormenta de possibilidades
te lance naquele vórtice que bem conheces
e que leva a toda parte
a lugar algum
ou lá
onde ela quer que estejas