Fantasia

Maldita

Porque me atormentas.

Porque me fazes sentir, sempre vazia.

sem sangue ou dor ou amor.

Maldita

possuís-me

a alegria,

os meus impossíveis.

As utopias do perfeito.

Maldito ser

arte da beleza

exaltada na guitarra

e no piano onde choram as vozes a dor do jardim

ou nas noites sozinha em oração ao céu

quando abraças Deus

recito-te só para mim.

Maldita

inspiro à tua ordem

não sou gente não sou

minha.

Vivo nos braços dos teus rios

no fogo dos teus anseios,

na raridade de ser flor.

Amo as árvores como amo o vento

e, por vezes, flutuo nas pérolas.

Enlouqueço

quando te conheço.

Amar é assim.

Poesia,

porque és real eu também existo

no mundo de fantasia.

Ana Mª costa

Ana Maria Costa
Enviado por Ana Maria Costa em 02/01/2006
Código do texto: T93289