Memórias de um camafeu
À beira do chafariz a dama do horto
olhava hipnotizada para o camafeu,
de esmeralda e lápis-lazúli ovalado,
cuja efígie alada brandia o caduceu.
Ouviu da insígnia que naquele Porto
seu amor conheceu e com ele casou.
Num caramanchão de flores protegido,
com melódicos flautins, o luar vivenciou.
Seu amor do passado veio num navio
de outro continente, de despojados
ingentes, e aqui nova vida construiu.
De lavoura e coragem, a ferro e fogo.
Eram tempos de serenata e brocados,
plantio, charrua, sega e muito sarau.
Imagem do google: cco.pt (Dama Antiga)Brocardo.
À beira do chafariz a dama do horto
olhava hipnotizada para o camafeu,
de esmeralda e lápis-lazúli ovalado,
cuja efígie alada brandia o caduceu.
Ouviu da insígnia que naquele Porto
seu amor conheceu e com ele casou.
Num caramanchão de flores protegido,
com melódicos flautins, o luar vivenciou.
Seu amor do passado veio num navio
de outro continente, de despojados
ingentes, e aqui nova vida construiu.
De lavoura e coragem, a ferro e fogo.
Eram tempos de serenata e brocados,
plantio, charrua, sega e muito sarau.
Imagem do google: cco.pt (Dama Antiga)Brocardo.