Silêncios da alma


A alma tudo sabe, tudo vê,
Com olhos eloqüentes,
Quando aqui é chegado
Seu novo entardecer.

E por mais que a entretemos
De nossos cuidados se desenlaça
E parte vertiginosamente
Em silêncio e a sós como veio.

Não importa o amor dedicado
Ou a dor compartilhada
A hora enfim é chegada
E ela vai embora.

Em nosso egoísmo
A queremos envolver
Em carinhos e otimismo,
Inflar seu ser de anímico viver.

Mas o que a razão não sabe,
O eterno deixou riscado,
Em nossa alma há o traçado
Do vôo de volta a Deus.


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meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 23/03/2008
Reeditado em 26/03/2010
Código do texto: T913463
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