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    APENAS NOUS

        "...e há também este sono humano. Estar só e despojado,
           estranho mistério de ser livre!"
               (lúcia constantino)
                                    
            (líricas de um evangelho insano)


 Ínfima partícula
sou ao que parece
uma protuberância dessa espécie
que morre, renasce e ensandece!
Sou essa língua do meu inferno,
esse lapidar conhecimento eterno,
do infinito nada,
no banco da morte!
Mas, respiro na folha seca,
me rasgo e me partilho esterca,
pó, narciso, vendilhã,
centelha ainda jovem, parideira e anciã,
apenas Nous  no éter dos  sentidos,
arrebenta-me o Hades os meus ouvidos
os lírios de Dante,
ceifou-me do perdido paraíso
e condenou-me ao Nous desse infinito, instante!!!...

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