coisa estranha
no inicio
parecia fulgaz
passageiro
não duraria um dia inteiro
coisa estranha
como se já me pertencesse
vindo de dentro
das entranhas
da alma
debaixo da minha pele
andando com meus pés
conduzindo meus passos
manipulando meus braços
como se me dominasse
aos meus sentidos
meus sonhos
minhas fantasias
e no dia a dia
já tinha crescido
se multiplicado
num jeito incontrolado
irreversivel
como se fosse impossivel deter
enxergava com os meus olhos
calava as minhas palavras
tolia meus pensamentos
dominava meus sentimentos
esvaziava meu peito
me tirava o direito de ser feliz