O FOGO COMO SÍMBOLO

O FOGO COMO SÍMBOLO

(Inspirado no Livro INTERMÉDIO LOGOSÓFICO de RAUMSOL)

Consagrando sua vida,

Um sábio há muito existiu

a instruir seus discípulos

e valor lhes infundiu.

Em cada um acendia

Um fogo que era mantido

e uma chama sempre ardia,

fortalecendo o espírito.

Preparação exigia

pra essa chama se manter

viva e com formosas luzes,

sem nunca se arrefecer.

Uma advertência havia:

não sem preparo acender

em um terceiro o fogo

do transcendente saber.

Desatendido o conselho,

a chama foi avivada,

num terceiro sem preparo,

pondo a mente desvairada.

Transmitir conhecimentos

àquele não preparado

traz ingratos contratempos,

causando mau resultado.

A obra de caridade

deve ser com inteligência

feita no agraciado

sem levá-lo à demência.

Nele não deve morrer

o bem prodigalizado

para seguir o exemplo

que será continuado.

A chama da inteligência,

que ilumina o entendimento,

produz brilhos naturais

e não traz qualquer lamento.

Ao produzir labaredas,

o fogo da necedade

põe em combustão as mentes

não observando a idade.

Força vital a primeira,

capaz de operar prodígios,

fazendo acender a vida

de amores e regozijos.

A outra queima e destrói,

enfim, a nossa existência

por ser cega a sua força,

escurecendo a consciência.

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Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
Enviado por Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas em 17/11/2004
Código do texto: T90