Mulata quitutes
Quê que foi seu moço?
Tá olhando? Quer sentir?
Sou de carne e osso,
carne de pescoço, é certo...
Não tou aqui pra ouvir desaforo!!!
Afogo mágoa na porrada,
desço o cacete,
solto a língua, enveneno!!!
Mais menina, meu pandeiro?
Não é botão de elevador público não...
Qualquer um chegar e meter o dedo?
Sou mulher.
Sou mulher de respeito, meu negô!
Sua negâ, na moral...
E mesmo que não fosse,
que problema tem nisso?
Vá tocar assim na pura
mulher que te pariu,
ela deixa...
Dengo de filho, sabe como é?
Cantar de galo, só se for a dois...
No bem bom, daquele jeito
sabe seu menino;
Vixe Maria, falando assim,
já me dá aquelas coisas...
A carne é fraca
mas eu acho que tu nun guenta
e se a corda arrebenta
só dá aqui, oia...
E não tenho vida livre
tou na batalha, ralo a bucha
e não cruzo as pernas
rua acima, rua abaixo
vou gritando meus quitutes
da mulata ventre livre
e pra gente assanhada
dou porrada, passo por cima
porque a negra aqui, meu senhor...é...
hei, pere aí, tá olhando o quê?
sou de carne e osso...
carne de pescoço...
osso duro de roer, vai querer?