Desejos Impertinentes

Eu vou dilacerar esse momento ébrio de razão

E calar os sentidos vagos dessa nossa ilusão

Porque você cabe em minhas mãos

como um pedaço de desejo já morto e enfraquecido

Desejo esse que renasce forte em minha alma

e derrama toda a minha confusão num líquido corrente

Queria eu as tuas roupas arrancar

Deliciar-me do líquido corrente de tua pele suada

E me fazer teu poeta no ápice da tua loucura

Queria eu dominar a insensatez

Num copo de palavras...

Num cálice de silêncio...

Na boca do teu âmago que transtorna minha poesia.. .

Hoje saltei de um corpo tão fraco tão humano e tão decadente...

Que me restaram apenas às palavras do momento!

Março de 2008

Menina Beijaflor
Enviado por Menina Beijaflor em 02/03/2008
Reeditado em 10/05/2008
Código do texto: T884508
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