As estações

Afinal, a mesma primavera passou

e o outono chega para derrubar o colorido:

no chão marcas de um caminho sofrido

a tarde cinza se foi, o cantar da noite soou

Posso até chorar, que o verão não vai voltar

a lágrima racha o chão salgado

e o riacho agora é um rochedo molhado

o sol do novo dia parece não chegar

Nos escuros vales se esconde um coração

a árvore cresce meio à luz de uma esperança

no meio da floresta tenebrosa, chora uma criança

o fim dessa noite se vai em meio da escuridão

Quando um dia, uma lua volta a brilhar

um caminho de flores parece abrir

por uma corredeira sem destino, partir

para o sol de um novo verão acordar...

Pablo Nunes
Enviado por Pablo Nunes em 02/03/2008
Reeditado em 02/03/2008
Código do texto: T884374