"VULGARIDADE É TEMPERO" = Poesia=
Vamos falar toda a verdade
Sem rodeios, sem frescuras
Quem só escreve vulgaridades
É uma muito infeliz criatura
A vulgaridade, se corriqueira
Afeta a cabeça de seu autor
A ponto de qualquer besteira
Elogiar-se, julgar um primor
Sei de apenas dois centenários
Lúcidos, e ainda bem atuantes
Dele, só feitos extraordinários
Dela, vulgaridades chocantes
O nome dele ficará na memória
Será o de ruas, praças, avenidas
Ela, desbocada, metida a finória
É dessas figuras logo esquecidas
Sei que a vulgaridade é tempero
Que nem sempre nos pode faltar
O problema é quando há exagero
E o autor não consegue mais parar