O meu Eu vagabundo.

Na sombra do mundo

escondo o meu rosto...

Deixo apenas exposto

O meu Eu vagabundo.

Este, enigma profundo.

Faz festa do desgosto...

E, é de mim, o oposto,

Um ser nauseabundo.

Assim, num segundo,

eu quero o seu posto,

eu recolho o imposto...

E apareço e circundo.

Agora, vivo, abundo...

E me torno disposto.

Logo me transposto,

Volta o moribundo.

Na sombra do mundo

disfarço o meu rosto...