DO PLANO DE DEUS NÃO FUGI

Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente."
Henfil



Do plano de Deus não fugi

Fui qual flor desabrochada
Cantada por trovadores
De um cor-de-rosa, perfumada.
Cresci, à sombra fresca de bela folhagem.
Fui uma árvore delicada.
De saudável semente, germinada.
Meus frutos, originaram em amor.
Em ternura, sublimação e bem querença.
Não fugi ao planeamento,
que Deus redigiu para mim.
Alegre me sublimou.
E, por ter sido contemplada.
Eu agradeci.
Não houve nesta tarefa.
Nem presunção, nem medo, ou valentia.
Apenas cumpri dia a dia.
Saltando pedras e pisos alquebrados.
Com sumidos queixumes,
que me ocultavam a visão.
Sem lassidão caminhando,
com contentamento
Renuncias houve,
a esperanças tardias.
De menina, que se perdia
no absorvimento
de outros caminhos dispersos.
De beirais floridos e coloridos
do cântico das avezinhas
De uma casinha perdida
no fundo da floresta
saltitando cantava e me banhava
Das correntes frescas saltitantes
Fluindo por penedias
Agua pura alegria dos dias
Encantamento das minhas quimeras
De menina que o era
Renuncias ao que sou e que aceitei
Talvez distantes e ocultos
Para lá do horizonte
Por vezes, e foram muitas as vezes
Calejei meus pés
na caminhada de uma vida
Desconhecendo a presença de fadigas
Sangrando para fertilizar a terra
Que me sorria pela doação
Meus frutos foram o amor
Que ampararam e ainda vivificam
Enquanto vida eu tiver
e esta grande emoção no coração
minhas marcas perdurarão
De tta

28-01-2008
21,33
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 29/01/2008
Código do texto: T838351
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.