Entardecer
Que são dos crisântemos na janela,
Embalados pelo vento, nas tardes de outono,
No canto das cigarras, sem brilho, sem sono,
Duas, várias, numa melodia un ssona e singela.
Que é feito de seu rosto lindo magro,
A me fitar horas a fio,
O olhar terno ou o olhar sombrio,
Quando lhe nego mil carinhos.
Nossa ilha, nossa praia, nossos sonhos,
As gaivotas disputando seus encantos,
Saltam aos olhos, queimam as veias,
Como buscam a realidade as sereias.
A ilha, a praça, a praia,
Fora dos sonhos num vôc restou,
No róseo entardecer, do fio da juventude sobrou,
Sua voz suave, sua fala.
E, entre o céu e a terra,
Acabei por encontrar Você .