Da cabeça daquele menino
As estrelas, o firmamento,
E o tormento,
Do sol do sertão, da braveza do mar,
Da indiferença das pessoas,
O eterno esquecimento.
As mãos para o alto, buscando o vôo,
Pelas nuvens, em caminhos distantes,
Tal como ave de arribação,
Os pés buscando o chão, para pousar na cidade,
Sentida volta à realidade.
Da cabeça daquele menino,
Povoada de cores, cheiros, amores,
Repleta de sonhos, ilusões, sabores,
Até explodir no mundo, como flor desabrochada,
Criança acordada na solidão do berço.
Da cabeça daquele menino,
Que para os antigos, no mundo da lua,
Para os modernos, simplesmente, viajando.