Reminiscências

Há tempos não encontro seus olhos,

Não adormeço em seu colo,

Nem entendo como aumenta na distância,

Essa saudade, estranha e adorada ânsia

De estar inteiro ao seu lado.

Como nos bons tempos... velhos tempos...

Não tão longe, quando a tinha por perto,

Não desconfiava-mos do errado, nem do certo,

Somente da certeza de um grande amor.

Éramos loucos, eternos insanos,

Sem buscar refúgios, ou cometer enganos,

Um pelo outro, num e noutro,

Lugar comum de nossos devaneios.

Minha deusa, minha sereia,

Poder escrever seu nome na areia,

Foi o que sonhei no mar,nas montanhas,

Fundir as almas nas suas entranhas,

Adormecer comigo para sempre.