Sopro do Mundo

Um sopro do mundo

Transmutou

Minha tarde vazia

Trouxe folhas de lembranças doces

Que por instantes

Congelaram ciclo

Que torna cinzento

Dantes colorido quadro

De uma vida

Ainda sendo pintado

Agonizo ao ver cores

Perdendo matizes

Vendendo-se

Qual meretrizes

Pra uma palheta

De cinza e negritude

Onde sequer tons pastéis

Povoam a arte

Goticamente serenam-se

Pincéis sob a alma

E tecem amargura

Em pesado linho esticado em figura

Oh, Sopro do Mundo

Conceda-me

Nova aquarela

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 21/01/2008
Código do texto: T826099