Sopro do Mundo
Um sopro do mundo
Transmutou
Minha tarde vazia
Trouxe folhas de lembranças doces
Que por instantes
Congelaram ciclo
Que torna cinzento
Dantes colorido quadro
De uma vida
Ainda sendo pintado
Agonizo ao ver cores
Perdendo matizes
Vendendo-se
Qual meretrizes
Pra uma palheta
De cinza e negritude
Onde sequer tons pastéis
Povoam a arte
Goticamente serenam-se
Pincéis sob a alma
E tecem amargura
Em pesado linho esticado em figura
Oh, Sopro do Mundo
Conceda-me
Nova aquarela