CAOS
A cidade tornou-se um aglomerado
de casas, carros ,
apartamentos e... gente!
Atores no palco,
saltimbancos de caras pintadas
representando comédias.
Trágicas comédias!
Violências
tensões
opressões.
O-pressão!
Perdido neste progresso
entre o som estridente de buzinas
gritos a cada esquina
procuro ouvir além.
Já não ouço a minha propria voz.
Ficamos surdos?
Mudos?
Sinto-me uma ilha
cercada de gente
por todos os lados.
Sinto falta do humano.
Tudo me parece tão insano!
Oh! solidão!
Busco o normal
não encontro
a anormalidade
se confunde a todo instante
a cegueira está nos olhos dos andantes.
Ficamos cegos?
Precisamos de lentes para enxergar
o que de tão visto já não vemos?
Oh! ilusão!
Nesta cidade maluca
encontro-me isolado
forasteiro perdido
alienígena nesse imenso universo.
Oh! desilusão!
Enfim... neste aglomerado
de casas e gente
Sou um ponto MINÚSCULO
Neste caos MAIÚSCULO.
Oh! confusão!