Ao tempo

Certos momentos me deixam

Sem perspectiva, como vezes

Em que entro num vagão

De trem sem locomotiva

Às vezes me exaspero

Me desespero na menor visão

Assim não me reconheço

Qual será o novo começo?

Onde está a chave da saída?

Pra todo esse perdão?

Quero conseguir respirar

Me fazendo sair desse lugar

Pássaros estranhos

Permeiam meus sonhos maus

Lugares obscuros

Querem já vir à tona

Sonos entre sonhos

Se misturam a nova realidade

Fantasiadas de elementos inantingíveis

Que querem se suicidar antes da chegada

Ainda o calendário que anuncia

O novo dia, uma nova jornada

Prédios, cidades, movimentos

Onde a verdade mais se alarga

Mas agora sem documentos...

(Daniel Cartaxo Penalva)

Daniel Cartaxo Penalva
Enviado por Daniel Cartaxo Penalva em 21/11/2024
Código do texto: T8202379
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