Ao tempo
Certos momentos me deixam
Sem perspectiva, como vezes
Em que entro num vagão
De trem sem locomotiva
Às vezes me exaspero
Me desespero na menor visão
Assim não me reconheço
Qual será o novo começo?
Onde está a chave da saída?
Pra todo esse perdão?
Quero conseguir respirar
Me fazendo sair desse lugar
Pássaros estranhos
Permeiam meus sonhos maus
Lugares obscuros
Querem já vir à tona
Sonos entre sonhos
Se misturam a nova realidade
Fantasiadas de elementos inantingíveis
Que querem se suicidar antes da chegada
Ainda o calendário que anuncia
O novo dia, uma nova jornada
Prédios, cidades, movimentos
Onde a verdade mais se alarga
Mas agora sem documentos...
(Daniel Cartaxo Penalva)