SEJAMOS ARQUITETOS DE AMOR
No campo fértil do diálogo,
as palavras nascem como sementes,
umas, leves como o toque da brisa,
outras, densas como a sombra de uma tempestade.
Elas carregam destinos invisíveis,
seja florescer em jardins de esperança,
seja se perder no vazio do descuido.
Cada sílaba, uma promessa.
Pode pousar como pássaro ao amanhecer
ou cortar como vento em dia de inverno.
Falar é um ato sagrado:
uma oferenda que entregamos
ao templo do coração alheio,
onde o eco das intenções permanece.
E quem escuta,
desprotegido como um broto em flor,
acolhe as palavras como chuva,
umas que nutrem,
outras que inundam.
No gesto da fala, há mundos inteiros:
rios que curam ou deságuam em abismos.
Nossas frases são pontes de encontro.
Um passo em falso —
e o vínculo se despedaça.
Mas quando guiadas pela gentileza,
as palavras se tornam carícias,
desenhando trilhas de afeto
no solo sensível do coração.
Elas erguem castelos de compreensão
ou derrubam muros de silêncio.
Que saibamos cultivá-las com cuidado,
pois em cada troca,
há raízes de empatia
e um sol de bondade a iluminar.
Assim, ao falar,
lembremos que cada som é semente,
cada pausa, um convite.
Sejamos arquitetos de amor,
construindo com palavras
templos de refúgio,
onde todo coração
possa encontrar abrigo
no silêncio cheio de compreensão.