DOCE TORMENTO

Se dizê-la,

é meu empenho,

Reprimi-la, dever.

Insanidade, essência,

ela mesma esculpe,

e molda-se em sombras.

Fragmentos de alma,

delírios entrelaçados,

na dança do caos.

Corações em chamas,

sussurros contidos,

nos labirintos da mente.

A razão vacila,

frágil como vidro,

perante a tempestade.

Oh, doce tormento!

A beleza amarga

nas fringes da sanidade.

Se dizê-la,

é meu abrigo;

reprimi-la, prisão.