A QUEM ME OUVIU

À ti, que em ouvidos de ouro escutaste,

Minhas lutas e anseios, com calma abraçaste.

Em ciclos repetidos, a dor se esvaía,

Teu amor, qual bálsamo, trazia a alforria.

Com paciência infinita, em cada desabafo,

Transformaste o lamento em suave afago.

As palavras dançantes, como brisa serena,

Teu coração aberto, a alma plena.

Oh, doce confidente, farol na tempestade,

Em ti encontrei abrigo e verdade.

A cada relato, a cura se fazia,

Teu amor incondicional era minha magia.

Elevo a ti esta singela canção,

A quem me permitiu falar da dor com paixão.

Teu gesto sublime é luz que não cessa;

Em cada repetição, renasce a promessa.