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POSSO TUDO

Na leveza do meu traço,
eu posso tudo o que faço.
Meus poemas cantam, voam,
sem se importar com o tempo,
sem se importar com a hora,
se deixam ir com o vento,
sem destino, mundo afora.
Eu os liberto, vão soltos,
sem correntes, sem algemas,
por ondas e mares revoltos
espargindo alegrias,
solfejando melodias,
resolvendo meus dilemas.

Sem conversa ou lero-lero,
eu posso tudo o que quero.

 

 

 

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