Provavelmente eu não

vou ter dar meu coração

minha devoção,

 

minha chance

minhas fichas, ou não.

 

Provavelmente não

andaremos de mãos dadas

aqui na pracinha ao lado

enquanto eu tagarelo

 

sobre poetas mortos

casas mal-assombradas

filmes de terror, comédias

de Stand-Up

 

E por exemplificando

tentando me embasar

em neurociências

 

todo o amor

e tesão por você.

 

Não, eu acho que não serei

aquele segundo astronauta

que pisou na lua…

 

20 minutos depois

do primeiro.

 

Quando a lua já desfalecia

de empolgação e orgasmo

êxtase e desejo de modificar

 

A direção dos mares

onde aquele primeiro

homem morava.

 

Provavelmente eu não

te darei meu coração…

mas posso lhe pagar um

cafezinho;

 

Dia desses, talvez.

 

Posso contar

uma piada aqui e ali…

escrever-te um poema

como o que faço aqui

 

E poderei ainda

fazê-lo, ali…

 

[Porque você me

intriga e eu sei lá o

motivo]

 

[Parece uma versão

limitada de um Doritos

ou Pringles]

 

E depois de te amar loucamente

e verdadeiramente, mas talvez

provisoriamente

 

num passe

de mágica…

 

A única mágica que aprendi

e que sei e nunca esquecerei.

 

E farei…

 

Que é aquela de

dar as costas e não

ser mais visto.

 

 

Henrique Britto
Enviado por Henrique Britto em 09/11/2024
Código do texto: T8193176
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