PUNHO

Eu gosto do trem fora do trilho,

Do alambique do nó que se desata,

Das ruas que dançam sob a luz do brilho,

E da madrugada que nunca se desbata.

Andar pela cidade, no silêncio profundo,

Varar a noite, como um sonho errante,

Escrever sem fim, traçando o mundo,

Com palavras soltas, num verso constante.

Cada esquina é um verso à espera,

Cada sombra carrega uma história a contar.

No compasso das horas, a alma se libera,

E no caos da vida, eu aprendo a amar.

Gosto do inesperado, do improvável encanto,

Do trem que descarrila e faz tudo mudar.

A beleza está na curva e no pranto,

Na liberdade de ser e de se deixar levar.

Com a caneta em punho,

Desenhando o amanhã no papel amassado.

E mesmo que o caminho seja torto e espinho,

A poesia é meu abrigo, meu lar desejado.

Ybeane moreira
Enviado por Ybeane moreira em 04/11/2024
Código do texto: T8189519
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