O Trovador

O Trovador

Um castelo em meio as trevas

construído a sangue e a desilusão

a custo dos sonhos, e levas

em suas estruturas o lamentada ilusão

Um castelo, o centro de um império

uma família real, feita a base do adultério

Construída entre a raiva e a tristeza

trazendo consigo da moeda a frieza

E logo de dentro do império sai um tolo

Um pobre bobo da corte, um sonhador

e trás consigo às lembranças da amargura, o consolo,

As pobres melodias de jovem trovador

Viveu seus anos curtos entre as letras

E dos livros contraíra seu poder

Logo das cordas companhia tivera

E agora baila e toca para se controver

A vida fora dura, e os apelos mais

O pranto disfarçado de riso

E diante a lua implorada era a paz

apenas para ter no caminho o siso

Mas este não era seu destino...

Aos lamentos se apaixonara

Uma ilusão linda de mulher

Um anjo que as sombras cantara

Um jovem galante a se emurchecer...

Mas que visão tivera...

Cabelos loiros, longos, olhos azuis

Mas do desdém obtivera...

A resposta por ser um tolo inspirado à luz.

Compunha agora canções lamentosas

E chorava dia e noite

As trevas abraçava lamuriosa

E vivia embriagada ao tresnoite

E assim virou um poeta padecente

que cantava sobre o anoitecer

onde as estrelas caiam ao cadente

como seu amor a o enlouquecer...

Mas não poderia ficar assim,

Então das terras do leste apareceu

Alguém que a mão lhe estendeu

E fez juras de amor...

Era um outro trovador

Vindo das terras verdejantes

Dera-lhe todo seu valor

Por apenas uma canção arquejante

e nosso jovem trovador ficou na indecisão

se tirarias do anjo teu coração

e entregaria à aquele que vinha

para lhe dar um novo começo...

Mas seu destino era a solidão...

Ao novo trovador, entregou-lhe

uma canção e todo seu desdém

Ao Anjo, implorou-lhe

dando todo seu amor e seu vintém

Amaldiçoou a liberdade e o dinheiro

Esperou ansioso sentir o vento de fora do reino

Andou sozinho pela treva, sem nenhum companheiro

E numa noite tortuosa...

Percorreu corredores em silencio

Fugiu murando, o murado muro

E nunca mais ouviram ali suas trovas

Pois sabia, que o destino era o futuro...

Longe dali, alguns anos após

Sua vida transformar-se em mares e nós

Tornara-se um veemente trovador

Um real e ilustre sonhador...

Mas nas noites daquele castelo

ainda pode-se ouvir...

Dos uivos,o melancólico o mais belo

daquele filho que um dia foi a partir...

E nas suas canções, ainda pode sentir

As tristezas e os amores a fluir...

E numa antiga saudação

pode perceber, do vintém, a rejeição.

"- E se você tivesse que optar entre seu império e seu sonho, o que faria?

- Largaria ao relento meu império, e faria do meu sonho meu reino.

- E se tivesse de optar por aquele que amas e aquele que ama-te?

- Escolheria a solidão, lembraria anoite de meu amado, e compor-te-ia as mais belas canções, e para aquele que me ama, daria um beijo e a compreensão. E assim fariam eternas as notas de minha canção."

R Duccini
Enviado por R Duccini em 15/01/2008
Reeditado em 15/01/2008
Código do texto: T818372
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