Sem saber
Os pássaros testemunham a espiral de mais um ciclo da estupidez humana
Na altura das nuvens, voam acima das cidades feias, das esculturas sem cabeça
Dos depósitos de lixo, de sonhos
Dos corpos rígidos
Apressados
Da multidão de explorados
Iludidos
Nas copas das árvores
Ou bem perto, quando descem no asfalto quente
Ao lado dos letreiros coloridos
Dos cartazes com rostos felizes
Mais livres que gente