Sapo Frederico

Já ia Frederico em seu lago

Nada fazer, o sapo vive pra morrer

E lá entre as vitórias ele pula sem nada no mundo saber

Os insetos passam, e ele a se entreter

Frederico não força muito além

Fica no que conhece e só vai onde lhe convém

Mas não nesse dia

Que amanheceu com um sol azul na matina

Que iluminou Frederico, e o tocou

O mesmo não entendia porque entendia

Pois nunca fora esperto

Pulava e olhava insetos

Mas esse dia lhe trouxe de certo um grande tédio

E o fazia sentido querer, tentar, aprender

Um sapo deve sapar

E Frederico se viu um ser sem lugar

Sem parâmetro sem nada

Mas a luz lhe contou

“Não pule mais de cara na água

És o que és, e já lhe cabe viés”

Leão, peixe, serpente ou elefante

Frederico reinava pois era pensante

E sofria em sua estupidez constante

Saltava Frederico rumo a qualquer conteúdo consumível

Ver o mundo e entender o que é ser sapo e o que é estar vivo

Victor Palmieri
Enviado por Victor Palmieri em 28/09/2024
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