Sapo Frederico
Já ia Frederico em seu lago
Nada fazer, o sapo vive pra morrer
E lá entre as vitórias ele pula sem nada no mundo saber
Os insetos passam, e ele a se entreter
Frederico não força muito além
Fica no que conhece e só vai onde lhe convém
Mas não nesse dia
Que amanheceu com um sol azul na matina
Que iluminou Frederico, e o tocou
O mesmo não entendia porque entendia
Pois nunca fora esperto
Pulava e olhava insetos
Mas esse dia lhe trouxe de certo um grande tédio
E o fazia sentido querer, tentar, aprender
Um sapo deve sapar
E Frederico se viu um ser sem lugar
Sem parâmetro sem nada
Mas a luz lhe contou
“Não pule mais de cara na água
És o que és, e já lhe cabe viés”
Leão, peixe, serpente ou elefante
Frederico reinava pois era pensante
E sofria em sua estupidez constante
Saltava Frederico rumo a qualquer conteúdo consumível
Ver o mundo e entender o que é ser sapo e o que é estar vivo