Razão de amar
Não sou do seu tempo desenhado,
quem me dera ser.
Sou da quebrada, da coisa que nem se formou,
vivo da eternidade do irrealizável
e do fogo que nem acendeu.
Ao povo de topete,
meu nada;
Ao que não é, o meu horror.
Quanto ao alvo,
esse articulador de ideias
que inventa esse destino estéril,
é o pai nos meus passos.
Quem fez da estrada céu,
fez do amor razão.