Razão de amar

Não sou do seu tempo desenhado,

quem me dera ser.

Sou da quebrada, da coisa que nem se formou,

vivo da eternidade do irrealizável

e do fogo que nem acendeu.

Ao povo de topete,

meu nada;

Ao que não é, o meu horror.

Quanto ao alvo,

esse articulador de ideias

que inventa esse destino estéril,

é o pai nos meus passos.

Quem fez da estrada céu,

fez do amor razão.

Velho Barba
Enviado por Velho Barba em 26/09/2024
Reeditado em 27/09/2024
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