Pessoa modesta
Sou uma pessoa modesta
Que na minha excelência
Não me perca da aresta
Já que minha referência
É o referencial de todos
Que em sua aparência
São iguais a quase todos
Sou uma pessoa dispersa
Como todos que caminhando
A rua atravessam
A travessa de todos os dias
Que o alimento professa
Uma borboleta
Me interpretaria
Numa rua dispersa
Do calor, do sonho, do lar
Pois no seu lento compassar
Me arremessaria o vazio
E me reenviaria ao lugar
Que me havia perdido
Pois desde o início
Minha fantasia era...
O calor, o sol, o arrepio
Dentro do tempo...
(Daniel Cartaxo Penalva)