Para muitos é um dia feio

Para mim

É a beleza de um dia cinza

De sol escondido

De lágrimas suspensas

Como nuvens

Das lembranças mais tenras

Como sonhos nunca vividos

Mais um dia de reflexão em silêncio

Ou de um monólogo interno

Nos mesmos caminhos de andança

E os sentidos vibram

Mais calmos, serenos

Discreta sobriedade

Mais um momento que será apagado

Que será passado

Que a minha poesia tenta congelar

Como um testemunho do tempo, do mundo

Das sensações humanas

De uma vida em seu olhar