EQUINA

Alter

nas minhas

duas patas

galgo

pastos

infinitos

à beira do nada

no trote

do abismo

No meu lombo

a viagem

é sem sela

Pode fazer

da minha crina

suas rédeas

pra lidar

com a corrida

do vento

Esporas

os meus toques

esporram

Ainda é sinal de sorte

minha ferradura

a deixar-te marcas

escuras...

Helena Istiraneopulos
Enviado por Helena Istiraneopulos em 05/12/2005
Código do texto: T81411
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