Florir-me

 

Nas frestas do tempo, onde a luz se esconde,  

Uma sombra dança, e o passado responde.  

Caminhos de tristeza, memórias que ardem,  

Mas dentro de mim, uma esperança que não tarde.  

 

As flores que murcham em jardins esquecidos,  

Guardam segredos de amores perdidos.  

Em cada pétala caída, um suspiro profundo,  

Um eco vibrante das dores do mundo.  

 

Mas ao olhar para o céu, vejo o amanhecer,  

Um raio de sol quer me fazer renascer.  

E nessa melancolia que insiste em ficar,  

Sinto a vida pulsando, pronta a recomeçar.  

 

Florir-me é um ato de coragem e fé,  

É dançar com as sombras e não temer o pé.  

É abraçar as cicatrizes que a vida me deu,  

E transformar a dor em um poema meu.  

 

Assim sigo em frente, mesmo quando é difícil,  

Com o coração aberto e um amor indizível.  

Pois na tristeza há beleza que não se desfaz,  

E florir-me é saber que sempre há um que a "mais".  

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 21/08/2024
Código do texto: T8133679
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