DIGA
Diga a tua verdade,
Pronuncie cada palavra
Através da tua boca,
Com a tua voz,
Desenhadas pela tua língua
Com toda a tua coragem!
Diga a tua verdade,
Sem jogar no outro
A tua vontade arredia,
A tua covardia,
A tua sempre oculta
Irresponsabilidade!
Diga a tua verdade,
E arque com as consequências
Das tuas palavras,
Das tuas escolhas,
Das tuas atitudes,
Sem culpar ninguém,
Sem colocar na boca alheia
O que jamais disseram.
Diga a tua verdade
E siga em paz teus caminhos,
E não jogue os espinhos
Na passagem alheia,
Não faça sangrar
As outras veias
Apenas para justificar
Tua falta de acuidade!
Diga a tua verdade
Sem mentir a ti mesmo,
Sem maltratar quem te acolhe,
Porque, seja vinho ou veneno
Aquilo que aos outros é servido,
Voltará, um dia ao teu copo,
Em um distraído gole!