ENDEREÇO
Qual segredo que o humano carrega?
Se já nasceu sabendo do fim que o abraça.
Mistério que permeia sua jornada tão breve,
Ecoando em cada passo, em cada escolha que traça.
Nas entranhas da existência, a certeza da finitude,
A sombra do fim paira sobre a vida em plenitude.
Desde o primeiro suspiro até o derradeiro adeus,
O saber do fim sussurra, às vezes mudo, às vezes em breus.
Será que é na consciência da morte iminente,
Que o humano encontra sentido na vida presente?
O peso do inevitável moldando suas ações,
Elevando cada instante a um patamar de emoções.
Segue o ser humano, ciente ou não do porvir,
Caminhando entre mistérios a sorrir ou a se ferir.
No palco da existência, onde o fim é o começo,
Buscando significado em cada verso desse eterno endereço.