Profano

Eu não vim ao mundo

Para escrever poemas dóceis

Enquanto pessoas

Sangram…

Se for preciso

Eu utilizo a tinta amarga do fel

Para redigir

Meu descontentamento.

Pois o meu próprio sangue

Não tem a pureza da maldade.

Eu não profano teu corpo

Somente por um beijo roubado,

Mas o retalho aos mil pedaços

Quando no frio,

Nego-lhe um abraço….

Não será preciso morrer

Para entender tudo,

Porque cá estamos nós,

(Mortos) sem entender nada!

Paulo Roberto Benedito
Enviado por Paulo Roberto Benedito em 17/07/2024
Reeditado em 17/07/2024
Código do texto: T8108537
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