SUBVERSÃO
Venho a cultivar
querelas com o tempo.
Conhecer seus propósitos
na fria geometria dos ponteiros.
Não sei ao certo
o tipo de batalha a travar,
mas me agrada a subversão.
Quero acrescentar areia
às ampulhetas,
para que os amores
não se esvaiam
antes do cheiro dos lençóis.
Diminuir a espera
ao mínimo denominador
de um regresso.
Não gosto de ti, Cronos!
Parece caçoar dos amantes!
Desejo que me entregue sua chave,
para abrir a porta
de algum infinito
e me deixar amá-la
por toda eternidade.