REALIDADE
REALIDADE
Os olhos desenham pelo entrono
Recados, desejos, dissabores
A vida responde com polidez
Alegria, inquietação, lucidez.
Os dias contam horas passadas
No tempo perdido na estrada
E em fases a lua transforma rostos
Que liberam olhares de nostalgia.
Quem passa não entende o fato
Quem vive esquece, imediato
E sem medo passa aos olhos
A ânsia do tempo que se perde.
Sentada de frente ao tempo
Cansada em todo o momento
Energias se esvaem para sempre
Na face deturpada, em sofrimento.
A sorte é que se pode entender
Que às vezes nem sequer quer ver
Ainda que no silêncio ensurdecedor
A realidade imponha o seu valor.