DE QUANTAS VIDAS SE FAZ UMA MORTE

Na primeira vez não morri por um triz

Na segunda, a morte errou de endereço

Na terceira, fui eu que me escondi

Na quarta, ela ficou presa no trânsito

Na quinta, era o feriado de finados

Na sexta, a morte se esqueceu de mim

Mas da sétima vez não escapo,

pois minha esposa vive sempre dizendo

que para ela eu sou um eterno gato

Joaquim Cesário de Mello
Enviado por Joaquim Cesário de Mello em 17/06/2024
Reeditado em 17/06/2024
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