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UMA SINTAXE DE ÁGUAS
Águas não verbam,
águas não tem sintaxe,
águas lavam,
matam a sede,
escorrem,
purificam,
limpam os pruridos,
fermentam levedos,
e cristalinas caligramam sentidos,
desempalham narcisos
do louco pouso de tua boca,
lavam até fundas olheiras
quando refletidas,
porque moendeiras,
também, lambem as pedras limeiras
quando em sintaxe de corredeiras,
se infiltram em fugas
pelos verbos do chão.
Mas, quando mal tocadas
não giram moinhos,
mas moendam novos linhos d'água,
enquanto os discursos escorrem
em sintaxes, de pedra-sabão!...
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
www.cordasensivel.blogspot.com
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Águas não verbam,
águas não tem sintaxe,
águas lavam,
matam a sede,
escorrem,
purificam,
limpam os pruridos,
fermentam levedos,
e cristalinas caligramam sentidos,
desempalham narcisos
do louco pouso de tua boca,
lavam até fundas olheiras
quando refletidas,
porque moendeiras,
também, lambem as pedras limeiras
quando em sintaxe de corredeiras,
se infiltram em fugas
pelos verbos do chão.
Mas, quando mal tocadas
não giram moinhos,
mas moendam novos linhos d'água,
enquanto os discursos escorrem
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