As Ternas Pandoras

vilipédia conheceu valquíria,

um dia assim, claro e rico

de sol malquisto.

conheceram-se tanto,

tanto,

até em bruxarias de calor,

mais tanto,

que se apaixonaram,

tenra e cheia de encanto:

ficaram até

axim e zanzas

de tanto amor.

um dia, só os deuses

explicam,

acabaram-se, por ira

pudor, por ódio sem cor.

e

nunca mais se falaram

nunca mais de viram,

nunca mais se olharam.

tudo porque

vilipédia era mulher

vigorosa e tensa,

e

valquíria também,

mulher atiça e rosa,

sempre cheia de pêndulos,

sempre batida de ventos

impublicáveis,

mas, perfeitamente,

cabíveis.

o problema é além:

é que vilipédia queria

ser o homem

e valquíria também,

amém !

pelas asas dos

azeus!

que expliquem:

como é complicado

esta história de toca-toca

na terra dos ateus !

José Kappel
Enviado por José Kappel em 02/01/2008
Reeditado em 04/01/2008
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