Insônia
As horas não me deixa mentir
a noite me torturo na cama
A verdade é que não consigo dormir. A aurora chega
e não preguei os olhos ainda.
Os pássaros começam a cantar
A verdade é que desde que você se foi, não durmo.
Fico a escrever poesias
Já são noites em claro
e não é por acaso que lembro de Balzac. Que noites afio escrevia A Comédia Humana
Aos poucos tudo clareava
Mas não pregava os olhos
Na perciana da janela
Começava os primeiros raios de sol
Rolava na cama
Buscando teu toque
Levantava em desespero
Já eram semanas
Lia qualquer coisa aleatória
Mas tudo lhe remetia
Um cansaço ganhava o meu corpo
Chovia lá fora
Ouvia os pingos tristes
Mas não, nada que fizesse fazia -me dormir
Fostes e , roubastes o meu sono
Há semanas sonho em sonhar
E me deste este pesadelo
Que tudo que faço é ter o pensamento em você
Rabisco num papel em branco
Coisas que queria te dizer
Mas tudo não passa de um sonho
Que continuo em ter